‍O impacto da internet e dos influenciadores digitais na educação

Escrito por 
Karina N. Tomelin
Publicado 
26/2/2025
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internet tem remodelado a educação de maneiras sem precedentes. No Brasil, a educação a distância (EaD) cresceu 474% em uma década, segundo o Censo da Educação Superior, sinalizando uma mudança significativa no paradigma educacional. Além disso, os influenciadores digitais surgiram como novos facilitadores de conhecimento, engajando comunidades e expandindo o acesso a conteúdos educativos.

Neste artigo, vamos mergulhar no impacto da internet na educação, explorando tanto as oportunidades quanto os desafios dessa nova era. Também discutiremos o papel dos influenciadores digitais e como as instituições podem se adaptar para promover inovação e inclusão digital.

Sumário
  • O impacto da internet na educação: um panorama geral.
  • Como a internet afeta a educação a distância?
  • O papel dos influenciadores digitais na educação.
  • Cultura geek e gamificação: aprendizado com diversão.
  • Conectividade e inclusão digital: barreiras ao acesso.
  • Como as instituições podem liderar essa transformação.

O impacto da internet na educação: um panorama geral

A internet revolucionou o acesso ao conhecimento, permitindo que estudantes e educadores ultrapassem barreiras geográficas e socioeconômicas. Hoje, é possível acessar conteúdos educacionais de alta qualidade em qualquer lugar do mundo, seja por meio de plataformas de ensino online, videoaulas ou cursos especializados.

Esse impacto é expressivo no Brasil, onde a modalidade de educação a distância cresceu muito nos últimos anos e superou a modalidade presencial, especialmente após a pandemia de covid-19, seja pela facilidade logística ou baixo custo para os estudantes. Essa transformação reflete não apenas uma tendência e mudança no comportamento dos estudantes, mas também uma resposta às demandas do Novo Marco Regulatório da Educação Superior.

De acordo com os dados apresentados pelo Censo da Educação Superior 2023, no ano anterior, o Brasil registrou 4,9 milhões de alunos na modalidade a distância e 5,06 milhões no modelo presencial.

O impacto da internet na educação vai além do acesso, também está redefinindo como aprendemos. No entanto, o Ministério da Educação tem feito reformulações nas regras da educação a distância.

Como a internet afeta a educação a distância?

A educação a distância é um dos maiores exemplos do impacto positivo da internet na educação. Por meio dela, estudantes têm acesso a recursos educacionais digitais que incluem videoaulas interativas, fóruns de discussão e avaliações online. Esses elementos criam uma experiência rica e flexível, ideal para quem busca conciliar estudos com trabalho ou outras responsabilidades.

Além disso, a internet democratizou o acesso à formação superior em regiões onde antes não havia infraestrutura para ensino presencial. Instituições estão investindo cada vez mais em campi digitais, oferecendo cursos que atendem às necessidades de diferentes públicos.

Por outro lado, desafios ainda persistem, como a garantia da qualidade pedagógica dos cursos EaD e a capacitação dos educadores para usar ferramentas tecnológicas são questões centrais para gestores educacionais. Além disso, os influenciadores digitais surgem como concorrentes dessa nova era, um desafio que merece um ponto de atenção para os educadores.

O papel dos influenciadores digitais na educação

Os influenciadores digitais estão desempenhando um papel cada vez mais relevante no cenário educacional. Por meio de plataformas como YouTube, Instagram e TikTok, eles compartilham conhecimentos sobre temas acadêmicos, técnicas de estudo e até mesmo habilidades práticas que complementam os currículos tradicionais.

Débora Aladim é um exemplo claro desse movimento. Com vídeos no YouTube que simplificam conteúdos históricos para estudantes do ensino médio e vestibulandos, ela destaca:

“A internet democratizou o acesso ao conhecimento. Hoje, qualquer pessoa pode aprender algo novo com apenas um clique”.

Outro destaque é Ferretto Matemática, conhecido por suas videoaulas dinâmicas e acessíveis sobre matemática básica e avançada. Ele reforça:

“A videoaula é uma ferramenta poderosa porque o estudante pode pausar, voltar e revisar quantas vezes quiser”.

Esses influenciadores não apenas ensinam, mas também criam comunidades engajadas que trocam experiências e aprendem juntas. As comunidades de aprendizado são reflexos direto do impacto positivo das mídias sociais na educação.  No entanto, é fundamental ter cuidado ao escolher quais influenciadores seguir, priorizando aqueles que compartilham conteúdos confiáveis e baseados em evidências.

 Cultura geek e gamificação: aprendizado com diversão

A cultura nerd/geek também tem contribuído para transformar a educação digital em algo mais envolvente e acessível. Ferramentas baseadas em jogos (gamificação) são amplamente utilizadas para ensinar conceitos complexos de forma divertida. 

Dos elementos de ficção científica ao universo pop, essa abordagem pode conectar ainda mais os estudantes às experiências educativas, que podem ser divertidas. Afinal, quem disse que aprender não pode ser tão empolgante quanto zerar um jogo ou assistir à estreia de um filme da Marvel?

Um exemplo é o Minecraft Education Edition, usado por escolas para ensinar desde programação até história. Nesse jogo, os estudantes podem resolver problemas matemáticos ou até explorar conceitos de sustentabilidade ambiental. Além de transformar o aprendizado, a gamificação torna o aprendizado ativo e colaborativo, características essenciais para engajar estudantes no ambiente online. E os exemplos não param por aí. Um educador dos EUA viralizou na internet ao ensinar história com Assassin’s Creed. O jogo, inclusive, conta com um modo educativo e sem violência.

O impacto da cultura geek na educação vai além das ferramentas tecnológicas, também está presente na forma como narrativas e personagens inspiram valores e lições importantes. Como diria o Tio Ben em Homem-Aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Essa frase célebre também se aplica ao papel das instituições ao usar tecnologia para oferecer experiências educativas inovadoras. 

Com o poder de transformar a educação digital, vem também a responsabilidade de garantir que essas experiências sejam acessíveis, inclusivas e alinhadas aos objetivos pedagógicos. É também uma oportunidade única de tornar a educação mais pop, acessível, divertida e relevante para as novas gerações. E esse também é o propósito da B42!

Conectividade e inclusão digital: barreiras ao acesso

Apesar dos avanços tecnológicos, a exclusão digital ainda é uma realidade preocupante no Brasil. De acordo com dados do IBGE, mais de 20 milhões de brasileiros não têm internet em casa, uma barreira significativa para quem depende do ensino online.

Essa desigualdade reforça disparidades educacionais entre estudantes com pleno acesso à tecnologia e aqueles que enfrentam limitações estruturais. Além disso, muitos estudantes utilizam apenas celulares para acessar conteúdos online, o que pode comprometer a qualidade do aprendizado devido às restrições desses dispositivos.

Para superar esses desafios, é essencial investir em conectividade universal e infraestrutura tecnológica nas escolas públicas. Parcerias entre governos e empresas privadas podem desempenhar um papel crucial nesse processo.

Como as instituições podem liderar essa transformação

Para gestores educacionais que buscam se destacar nesse cenário digital em constante evolução, algumas estratégias são fundamentais:

  • Investir em tecnologias educacionais inovadoras e a personalização do ensino, com a incorporação de inteligência artificial para o aprendizado, ambientes imersivos e gamificados que ajudam a criar experiências digitais mais completas.
  • Formatos no ritmo das telas: produzir cursos inspirados no edutenimento, utilizando vídeos curtos, gamificação e storytelling, com linguagens, formatos e temas que ressoam com o universo digital dos jovens, aproxima o ensino de sua realidade, tornando a aprendizagem mais fluida e envolvente.
  • Capacitar educadores: oferecer formações contínuas para educadores usarem ferramentas tecnológicas com eficiência.
  • Promover parcerias estratégicas: trabalhar com influenciadores digitais especializados pode atrair novos públicos e enriquecer os cursos oferecidos.
  • Fomentar inclusão digital: garantir acesso à internet de qualidade para todos os estudantes deve ser prioridade absoluta.

Ao adotar essas práticas, as instituições não apenas acompanham as tendências do mercado educacional como também contribuem para democratizar o acesso ao conhecimento no Brasil.

O impacto da internet na educação é indiscutível, ampliando horizontes ao conectar estudantes com recursos inovadores e mediadores digitais que transformam a experiência de aprendizagem. No entanto, desafios como a exclusão digital ainda precisam ser enfrentados. Como garantir que todos tenham acesso igualitário às oportunidades oferecidas por essa revolução tecnológica? É uma pergunta que fica para o futuro que queremos construir.

Se sua instituição busca soluções criativas para liderar essa transformação digital na educação superior, fale conosco! Na B42, estamos prontos para ajudar você a construir experiências inovadoras que atendam às demandas do futuro. Fale conosco aqui!

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@b42edtech